O crepúsculo dos deuses

Domingo de sol, feirinha, comprando uma dessas coisas de utilidade duvidosa (todo mundo tem direito às suas pequenas fraquezas). A guria ao lado, vinte e poucos anos, o cabelo com as devidas chapinha e mechas loiras, a bolsa louis vuitton e o namorado a tiracolo, olha a imagem, metro e meio de distância e dispara: acho que vou comprar aquela da mulher. Insiste duas vezes: é melhor eu comprar a da mulher (as outras peças estampavam marcas de automóveis). Pechincha. O vendedor, irredutível, argumenta com os custos da produção. Desiste. Sai infeliz com o namorado que tinha concordado que a  da  mulher era a melhor escolha. "A mulher" era Marilyn Monroe, exuberante numa foto clássica.

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